domingo, 1 de julho de 2007

Pólo Feminino no Site da UOL

Todo o dia o site da UOL publica uma reportagem sobre alguma modalidade que estará participando dos Jogos Pan-Americanos no Rio. Semana passada eles falaram um pouco sobre o pólo aquático feminino.


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29/06/2007 - 08h46


Pólo feminino sofre com falta de intercâmbio e de talentos

Claudia Andrade
Em São Paulo
Assim como o time masculino, a seleção brasileira feminina de pólo aquático também jogou menos do que gostaria no caminho até os Jogos do Rio de Janeiro. Ao contrário do time masculino, as jogadoras conseguiram se classificar para o Mundial de Melbourne, em março, única competição presente no calendário pré-Pan.


O resultado do time foi um décimo lugar, melhorando em três posições em relação ao Mundial de Montréal-2005. A campanha incluiu uma partida contra o Canadá, que, como no masculino, também é considerado um rival perigoso. O Brasil saiu do confronto derrotado por 6 a 3. Mesmo assim, a atuação foi elogiada pelo presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes.

Aos 32 anos, Camila Pedrosa
fará sua despedida no Pan
"Foi a melhor atuação do pólo aquático feminino brasileiro que eu tenha visto. Este jogo abriu uma esperança de podermos sonhar com uma medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos Rio-2007, ultrapassando o Canadá na competição", disse o dirigente.

A capitã Flávia Fernandes também ficou otimista.
"Nós jogamos contra o Canadá no Mundial, e isso deixou
uma expectativa. É claro que fazer uma final com
os Estados Unidos é algo que passa pela nossa cabeça.
A gente sonha com isso todo dia", afirma.

A disputa feminina de pólo aquático foi introduzida no programa do Pan apenas em Winnipeg-1999. Nas duas edições, o Brasil ficou com o bronze, atrás de Canadá e Estados Unidos.

Para as brasileiras, competir em casa é uma oportunidade de tornar a modalidade mais conhecida. "Gente que nunca viu um jogo de pólo vai saber o que é um tiro de cinco metros", comemora Flávia.

Melina Teno, 22 anos,
também já planeja a
aposentadoria
"As pessoas costumam achar que a piscina de pólo dá pé, que a gente pode pegar a bola com as duas mãos. Agora terão a chance de conhecer melhor o esporte", completa a veterana Camila Pedrosa.

Escassez de talentos
Com o interesse pelo esporte, a torcida é para que o número de praticantes aumente e assim, novos talentos possam surgir. "Nos Estados Unidos, tem duzentas meninas concorrendo por uma vaga na seleção. Aqui, tem vinte", lamenta Camila que, aos 32 anos, ainda é um dos destaques do time nacional.

"O técnico do vôlei disse que o time perdeu nas Olimpíadas porque faltava rodagem internacional para as jogadoras. Imagina a gente, que quase não joga", compara o técnico Roberto Chiappini.

"A questão é que o Brasil tem poucas atletas com condições de jogar pela seleção adulta", completa o auxiliar técnico Gilberto Guimarães, o Betão.

O pior é que as que estão no time, por causa do amadorismo e da necessidade de investir em uma carreira fora do esporte, não sabem até quando vão defender o país. É o caso da jovem atacante Melina Teno. Com apenas 22 anos, ela já pensa em aposentadoria. "Seria ótimo poder viver de pólo aquático, mas é provável que, depois do Pan, isso vire apenas um hobby", antecipa.

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